Evento “Em pé com a Floresta” conta ainda com apresentações de coral adulto e grupo de carimbó entremeadas por falas de mulheres ambientalistas

Um coro pela Amazônia viva em praça pública por meio de vozes de 30 crianças de sete a 10 anos do “Coral CAJU Irurama”, de 30 integrantes do coral de adultos e jovens “Cantemos Juntos” e dos quatro músicos do grupo de carimbó “Os Amazônidas”. Essa é a proposta do evento “Em pé com a Floresta”, que vai acontecer na praça 7 de Setembro, em Alter do Chão, dia 08/09, a partir das 18h. 

Idealizada pelo projeto CAJU (Consciência Ambiental, Cultura e Arte na Juventude) com o apoio do Movimento Amazônia de Pé, a noite terá ainda falas de mulheres ambientalistas: Auricélia Arapiuns, coordenadora do Conselho Indígena Tapajós Arapiuns; Ellen Acioli, integrante da Associação de mulheres indígenas Suraras do Tapajós e do Instituto Regatão Amazônia; e Patrícia Kalil, estudante de engenharia florestal na UFOPA. Durante o evento, será feita a coleta de assinaturas para o Movimento Amazônia de Pé e a distribuição de jornais e cadernos de desenhos, ambos com a proposta de conscientização ambiental, criados com e para as crianças e jovens do CAJU.

“Estamos muito felizes por termos conseguido recursos do edital Amazônia de Pé para trazer as crianças da comunidade de Irurama, com quem trabalhamos de 2020 a 2022 pelo Programa Itaú Social Unicef”, diz Manu Yael, idealizadora do projeto CAJU. “É uma oportunidade de mostrar a um público maior esse trabalho incansável de consciência ambiental com crianças e jovens que temos feito com tanto esforço, sempre em busca de apoio para continuar”. 

Manu conta que apesar de ser um local paradisíaco, visitado por turistas do mundo todo, os moradores de Alter do Chão – território indígena Borari – e redondezas, especialmente as crianças e jovens, sofrem com a carência de atividades culturais e espaços de formação para além da escola e de campos de futebol espalhados pela comunidade.  “Foi por isso que eu e uma rede de artistas, professores e ativistas locais, muitos deles também mães e pais, nos unimos para criar o CAJU em 2019. Ao longo desses quatro anos, já atuamos em parceria com organizações da sociedade civil como Instituto Aquífero Alter do Chão, Associação das Mulheres Indígenas Suraras do Tapajós, Tapajós de Fato, entre outros”. 

Com o fim do período de apoio do Itaú Social Unicef em 2022, uma verba residual do projeto foi destinada a manter, por mais alguns meses, o trabalho do coral infantojuvenil na comunidade Irurama, a 20 km de Alter do Chão, que conta com cerca de 50 crianças. “Seguimos em busca de novos editais e parcerias para manter os projetos já existentes e criar novas frentes de atuação para trazer consciência ambiental através da arte e da cultura para nossas crianças e jovens, presentes e futuros guardiões da floresta”, conclui.

No repertório do coral infantil, músicas que trazem consciência ambiental e o pedido pela Amazônia de pé, algumas de autoria das próprias crianças ou regentes do coral, Magdalena Lara e Dario Rafael Gomez, como é o caso de Mãe Terra: “Vem cuidar da mãe terra. Ela precisa da gente sorrindo, mas sempre consciente. Eu quero ver sempre o Rio Tapajós limpo e cristalino correndo para nós. Quero ver o boto tucuxi e cor de rosa nadando e pulando numa praia charmosa”.

Com muitos participantes de países vizinhos, o coral “Cantemos Juntos” também representa a Amazônia latinoamericana que se encontrou em julho na Cúpula da Amazônia em Belém. “Temos a intenção de trazer o tema de uma cooperação multinacional para salvar a floresta antes do ponto de não-retorno que os cientistas prevêem para daqui a 10 anos, caso não haja uma atuação conjunta agora” explica Dario Rafael Gomez, maestro e regente do “Cantemos Juntos”. O repertório do coral contém músicas como “O canto das três raças” e “Latinoamérica”, que transmitem muita força nas suas palavras e interpretação. 

Os dois corais já têm um histórico de apresentações incluindo ao menos quatro oportunidades ao lado da Orquestra Filarmônica Municipal de Santarém. 

O grupo “Os Amazônidas” é uma iniciativa da indígena amazonense do povo Mura, Maria Socorro Guimarães Santana, também conhecida como Socorrinha, que conta com a participação de Igor Sena Seu Juruva, Rodrigo Rivas Vargas e Tania Saettone. É um grupo novo que se apresenta semanalmente na praça 7 de Setembro e terá sua primeira participação em um evento.

“Em pé com a Floresta” terá transmissão ao vivo pelo Instagram https://www.instagram.com/cajualter/.

Serviço:

Em Pé com a Floresta
Praça 7 de Setembro, Alter do Chão e Instagram @Cajualter

18h – Início do recolhimento de assinaturas para a campanha Amazônia de Pé e distribuição gratuita dos cadernos de desenhos do CAJU e do Jornal Casa Caju 

19h – Apresentação musical do coral “Cantemos Juntos” 

19h30 – Apresentação musical do coral Infantil “CAJU Irurama”

20h30 – Apresentação da banda local de carimbó “Os Amazonidas”

21h30 – Encerramento

Entre as apresentações, haverá  intervenções e falas de Auricélia Arapiuns, Ellen Acioli e Patrícia Kalil.

Sobre o projeto CAJU

O projeto CAJU (Consciência Ambiental, Cultura e Arte na Juventude) foi criado em 2019 em Alter do Chão e teve apoio do programa Itaú Social Unicef de 2020 a 2022, período em que foram atendidas cerca de 200 crianças e jovens na vila de Alter do Chão e comunidades vizinhas no município de Santarém, no Pará. 

A missão do projeto é formar “ecocomunicadores” da biodiversidade que atuam para preservar a floresta em pé e as comunidades tradicionais, suas culturas e valores, e isso é feito por meio de projetos de arte e cultura incluindo música, dança, escrita criativa, desenho, teatro e permacultura. As atividades são desenvolvidas com metodologias participativas, sempre considerando as necessidades e interesses apresentados pelos jovens.

Confira nosso histórico em: https://www.instagram.com/cajualter/

Mais informações para a imprensa: 

Priscila Cotta

Agência Fervo e Laboratório de Comunicação Amazônia

(93) 99175-3273

priscila@labcomamazonia.com.br